Domingo, 25 de Março de 2007

Leonardo Brício celebra momento estável na carreira!

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Aos 42 anos, de barba, com o cabelo na altura dos ombros e um semblante tranqüilo, Leonardo Brício é a personificação perfeita de seu personagem em Luz do Sol, sua segunda novela na Record. Depois de um papel de destaque em Cidadão Brasileiro, trama em que interpretou o angustiado Celso, ele dá vida ao pescador Agenor, uma das figuras centrais do folhetim escrito por Ana Maria Moretzsohn. O actor é um dos nomes que integra o primeiro escalão da emissora, grupo formado por ex-globais como Paloma Duarte e Luiza Tomé. Ciente do bom momento que vive na carreira e de que é importante para o elenco da Record, tudo está do jeito que ele gosta. "Na minha idade, não desejo fama, notoriedade. Quero bons papéis e tranqüilidade para pagar as minhas contas", afirma, sem rodeios. Visibilidade não é mesmo uma grande preocupação do actor, quase sempre avesso a entrevistas e ao excesso de exposição na mídia. Brício jura que nem para os números do Ibope dá grande importância. Mesmo contratado pela empresa que tem como incansável lema conquistar a liderança de audiência, ele acredita que a fidelidade do público vem com o tempo. "O esmero tem de ser pela qualidade das produções e a Record sabe disso", defende, ao falar que não é preciso ter pressa para chegar ao primeiro lugar. Em Luz do Sol, Brício interpreta o terceiro pescador da carreira. Antes, na extinta Manchete, já tinha vivido Tonho, na minissérie Rede de Intrigas, de 1991. Mais recentemente, na Globo, encarnou também Ulisses, em Da Cor do Pecado, de 2004.  Não foram as experiências anteriores, no entanto, que o levaram a desistir da idéia de fazer um laboratório para incorporar Agenor. Na opinião do actor, a observação e a intuição do profissional é que contam. "Minha vida é meu laboratório. Sou carioca e convivo com o mar a vida toda", argumenta. Além da experiência pessoal, o actor acredita que a complementação do trabalho, na televisão, acontece durante as gravações. "O restante do personagem vem no contracenar com o outro actor, vem do que o director pede para que você faça", opina. Ciente de que é importante para o actor conseguir descansar a imagem, Brício sabe que nem sempre é possível administrar essa situação com facilidade. Na Record, inclusive, o elenco ainda é relativamente pequeno, o que obriga a emissora a recorrer aos mesmos profissionais para conseguir manter três horários de novela no ar. Na tentativa de driblar a situação, o actor tenta, ao menos, fazer personagens que sejam bem diferentes um do outro.  "Sempre me preocupo com o que o próximo papel vai acrescentar, com o que ele traz de novo", pondera. E o rude Agenor da actual novela, segundo ele, diverge bastante do Celso de Cidadão Brasileiro. "Este personagem é embrutecido com a vida, fechadão. Já o Celso era emotivo, apaixonado", diferencia.  Além de tirar o sustento do mar, o personagem de Leonardo Brício faz algumas falcatruas para poder sustentar a família. Isso lhe traz, no decorrer da novela, problemas que começam a atrapalhar a sua vida.  Agenor guarda ainda um segredo, que só será revelado no final da trama. E, apesar de ser um pescador, ele não deve desfilar sem camisa, exibindo o peitoral.  "Optamos por não seguir essa linha. Ele é um homem sem vaidades. O máximo que vai mostrar é o braço", diz, com ar de satisfação. Leonardo Brício já foi contratado pela Globo por sete anos, mas lembra-se muito bem de que sua carreira nem sempre foi tão estável. Ao destacar a incerteza da profissão, o actor confessa que, por diversas vezes, arrependeu-se de algumas escolhas. "Larguei a faculdade de Desenho Industrial e já me peguei pensando que deveria ter terminado para ter uma outra profissão".  Mesmo admitindo que tem uma vida privilegiada se comparada à da maioria dos brasileiros, ele destaca que as dificuldades foram grandes para conquistar tudo o que conseguiu. "Meu trabalho me deu minha casa, meu carro, mas nada foi fácil", destaca. O início da empreitada do actor começou no teatro, arte que ele define como sua "grande paixão". Mas Brício admite que, no Brasil, viver exclusivamente de teatro é uma tarefa complicada. "Senão, só faria isso", empolga-se, ao acrescentar que hoje ele dá aulas para jovens actores. Em relação ao cinema, ele lamenta não fazer parte da panelinha dos poucos que são convidados para filmar no Brasil. Com pouco mais de 20 anos de carreira, só participou de um longa-metragem, Uma Escola Atrapalhada, de Renato Aragão, apesar de ter muita vontade de experimentar a sétima arte outra vez. "Mas a televisão é uma salvação para o actor", conclui.

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Curiosidades
# Leonardo Brício conta que os dois personagens que mais marcaram sua carreira televisiva foram Enrico Mezenga, de Rei do Gado e Tiago Olinto, da minissérie A Muralha
# Apesar de encarnar um pescador na novela Luz do Sol, ele conta que não gosta do lado predador da pescaria. Ele prefere mesmo é mergulhar. "Pescar para comer, tudo bem. Mas por hobby, tenho pena do peixe", explica
# Durante os sete anos em que foi contratado da Globo, nos cinco primeiros, Brício não conseguiu fazer teatro e ficou atormentado com a situação, por ter medo de "morrer artisticamente". "Porque a arte da televisão é muito mais de espremer o actor do que de alimentar", diz.
 
 

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fonte: Terra

publicado por . às 21:44
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